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Escoramentos Metálicos

terça-feira, 18 de janeiro de 2011




"A construção civil encontra-se no caminho para a industrialização de processos, buscando alta produtividade, aliada a redução de custos, etapas de execução na obra e potencialização do lucro. O escoramento metálico constitui uma ferramenta importante para viabilizar a concretização destes objetivos”. O sistema substitui, com vantagens, o uso de escoramentos em madeira nas obras, como redução de resíduos e prática mais sustentável. 


Especificação
O primeiro passo para uma especificação é conhecer os tipos de escoramentos existentes no mercado e planejar a execução da obra, com um cronograma bem elaborado. “O ideal é verificar as necessidades de escoramento para cada trecho ou pavimento, e definir o tipo mais adequado”, explica a engenheira, lembrando que esse estudo deve ser feito no momento da elaboração dos projetos estruturais. 

As empresas fornecedoras ajudam a analisar as etapas de concretagem, a fim de estabelecer os remanejamentos dos equipamentos na obra, reduzindo custos de locação. Outra medida interessante para redução de custos é prever a devolução imediata das peças, que ficarão ociosas no canteiro.

Normas técnicas
“Atualmente, no Brasil, não existe norma técnica específica para a execução dos escoramentos. Para os cálculos e especificações são seguidas as orientações de várias normas da ABNT e algumas internacionais”. Situação que deve mudar a médio prazo, pois a Abrasfe  - Associação Brasileira das Empresas de Sistemas de Fôrmas e Escoramentos vem estudando, em parceria com empresas do setor, uma norma que englobe todos os procedimentos necessários para locação dos equipamentos, como procedimentos de montagem, especificações dos materiais, cálculos das cargas atuantes nos equipamentos, estocagem das peças e segurança no manuseio.

Tipos de Escoramentos
“Atualmente o mercado mundial apresenta inúmeros tipos de escoramentos, e o mercado brasileiro não tem ficado para trás, em tecnologia de ponta para fornecer soluções para as mais atípicas situações das obras modernas”, . Os profissionais da área  recomendam que a escolha deve se pautar pela solução que traga economia, segurança e produtividade.

Abaixo, são apresentados os tipos e funções dos equipamentos para escoramento mais usuais:

Escora e Perfis
O sistema é composto por escoras, que servirão de postes de apoio para os perfis primários, também chamados de guias, e barroteados com perfis secundários, conforme espaçamento obtido pela espessura do compensado adotado. “As escoras podem ser usadas para escoramento de lajes e vigas - quando usadas em vigas necessitam de peças adicionais para a execução da mão francesa. O espaçamento das escoras deve ser calculado em função da estruturação do fundo da viga”, ensina a engenheira.



As escoras são compostas de tubos que se encaixam no sistema macho e fêmea e formam a escora. A capacidade de carga das escoras varia conforme diâmetro e espessura dos tubos que a compõem, e a abertura (pé direito). A abertura das escoras comuns pode variar, dependendo do fornecedor, de 1,80 m a 4,15 m. Quanto maior a abertura da escora, menor a carga admissível que ela suporta, podendo variar de  de 0,6 tf a 2,5t. 


Escoras e perfis de encaixe
Este sistema consiste na montagem de perfis metálicos que se encaixam entre si, sobre as escoras. Pode ser usado em lajes maciças, porém é o mais indicado quando as lajes são nervuradas, com cubas. Nas lajes nervuradas o sistema não necessita de assoalho, porém, a montagem em cima do escoramento forrado com compensado reduz o risco de acidentes e aumenta a produtividade.



“Uma boa solução é o uso de painéis modulares tipo deck, pois além de facilitar a montagem, com o sistema de dropheads (escoras que mantêm contato permanente com a laje evitando deformações indesejáveis) acelera-se a desenforma, necessitando locar menor quantidade de cubas”. A montagem e o cálculo do escoramento seguem os mesmos procedimentos da laje comum, porém, para o cálculo da carga da laje, é preciso considerar os dados do fornecedor de cubas ou materiais inertes.


Torres de carga
“As torres de cargas são destinadas às obras com pé direito alto ou escoramentos pesados, onde o uso de escoras não proporcionará a estabilidade necessária. Indicado para escoramentos de lajes e vigas, é composto pela montagem das torres de carga e barroteamento com perfis primários e secundários. Quando o pé-direito da obra permitir, as torres de cargas poderão ser  mescladas com escoras, proporcionando ganho na produtividade e menor custo no valor do escoramento.

Torre de tubo e braçadeira
As torres de encaixe rápido e as torres de tubo e braçadeira são os equipamentos mais utilizados e adequados para a montagem de andaimes de acesso. As torres de encaixe rápido têm a mesma função das torres de carga comuns, tendo a vantagem de maior flexilidade na montagem, porém o seu custo é alto. “Já as torres de tubo e braçadeira não são as mais adequadas para escoramentos comuns, devido a sua baixa produtividade na montagem. É indicada somente para escoramentos onde o espaço para montagem é restrito, ou quando as cargas sobre o escoramento ultrapassam as cargas admissíveis das torres normais”, explica.



Sistema Deck

“As fôrmas do tipo Deck são o mais moderno sistema de fôrmas para laje do mundo. Este sistema, quando bem elaborado e com estrutura adequada, proporciona resultados excepcionais no aumento da produtividade e na qualidade do acabamento de estruturas”, este tipo de equipamento é indicado para escoramentos de laje planas ou que possuem poucas vigas. 

“Quanto maior a quantidade de vigas, maior será a quantidade de arremates que deverão ser feitos e menor o aproveitamento das fôrmas modulares. Este sistema é composto por painéis de alumínio, forrados com compensado plastificado. Os painéis são montados sobre escoras e apoiados em Suportes de Painel e Dropheads, que são fixados nas escoras através de pinos”, orienta. A montagem deste equipamento dispensa mão de obra especializada e reduz diversos custos diretos dentro de cada obra.

Treliças
O escoramento de laje com peças treliçadas é indicado quando não é possível, ou desejável, que o apoio do escoramento das lajes saia diretamente do chão. “As treliças são bastante utilizadas para fazer vãos para passagem de pedestre ou veículos. Consiste na montagem de peças treliçadas apoiadas nas laterais de fôrma de viga. Sobre as peças é posicionado o barroteamento secundário das lajes. As peças treliçadas permitem fazer lajes com vão entre 1,50 m a 5,5 m, dependendo do fornecedor”, diz, informando que o apoio nas vigas, feito sobre guias de madeira, deve ser executado com atenção para evitar o risco de acidentes. “Na estrutura metálica, a solução de treliças é muito interessante, porque as vigas metálicas servem de apoio, sem necessidade de apoiar o escoramento no chão”.
Em geral este tipo de produto é uma grande inovação, e uma forma de minimizar os custos e de acelerar o processo de desenvolvimento da obra.

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